Entrevista com a Pitty

A Pitty colou esta semana na Rádio Mix pra falar sobre o seu novo DVD, A Trupe Delirante no Circo Voador. E é claro que eles aproveitaram pra perguntar sobre a música Comum de Dois, rock and roll, a participação na música The Kill e muito mais. Confira!

SITE: Como foi a seleção das músicas do DVD?
PITTY: Como esse é o nosso segundo DVD de show, eu queria que ele fosse diferente do primeiro em termos de repertório, então eu me baseei no último disco, Chiaroscuro. E ele está praticamente inteiro no DVD e para juntar mais coisas, para não ficar só as músicas do disco, nós resgatamos alguns “lado B” do Admirável Chip Novo, o nosso primeiro disco, músicas que nunca tinham sido registradas em imagens e umas músicas diferentes. Têm sobras de estúdio, uma versão de Se Você Pensa, tem uma música do Casca Dura, que é uma banda de Salvador, que eu canto junto com o Fábio Casca Dura. E é isso! Ele é bem diferente do primeiro e a ideia era essa mesmo.

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SITE: Por que o nome do DVD “A Trupe Delirante no Circo Voador”?
PITTY: A gente foi gravar o DVD no Circo Voador, que é um lugar super tradicional do Rio e é um lugar onde eu já queria fazer alguma coisa lá, gravar algum vídeo já há muito tempo, porque é um pico onde os nossos shows sempre são muito quentes e intensos, e eu queria muito registrar isso para as câmeras. Eu queria conseguir passar essa sensação para quem assistisse o DVD em casa, e foi a escolha do lugar perfeito. O “trupe delirante” é porque é isso, a gente acaba sendo uma trupe, de estar na estrada e sempre em um lugar diferente, encontrando pessoas diferentes, levantando a lona para ir tocar num outro lugar, num outro dia. Então, a gente é uma trupe. E o “delirante” é porque o show tem essa coisa do circo, essa coisa meio lúdica, psicodélica de um show de rock sob uma lona de circo.

SITE: Quem são seus ídolos do rock and roll?
PITTY: Muita gente diferente! Pessoas não só da música, mas também da literatura e do cinema. É bem amplo, eu gosto desde Mike Patton, que eu sempre admirei muito, até hoje em dia as coisas do Josh Homme, por exemplo, ou do Jack White, que são dois caras que eu também acho incríveis.

SITE: Onde você buscou inspiração para compor a música “Comum de dois”?
PITTY: Na história do Laerte, o cartunista que virou crossdresser há um tempo e passou a se vestir de mulher. Eu achei muito incrível essa história e foi o start para eu escrever a letra, mas a figura dele foi só a inspiração, porque a história que está descrita na letra não é necessariamente a história dele. Eu nunca o pesquisei ou o entrevistei para saber, e também acho que seria muita pretensão definir um ser humano em apenas uma letra de música, então, foi só usar o exemplo dele para falar sobre uma situação comum a todos, e para falar principalmente sobre liberdade e respeito ao próximo e às diferenças.

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SITE: Como foi a experiência de ser a primeira artista brasileira a lançar seu DVD usando uma plataforma digital, no caso o Youtube?
PITTY: Foi ótimo, incrível! Eu adorei fazer parte dessa experiência pioneira e adorei principalmente ver que o resultado foi muito bom, muito melhor do que a gente poderia imaginar.
Então foi muito legal e realmente foi uma experiência que a gente queria fazer aqui no Brasil justamente para transformar a Internet cada vez mais numa aliada e parar com essa coisa de que a gente tem que renegar as coisas da Internet, porque é ela que atrapalha a nossa vida, enquanto banda, artista, indústria fonográfica e tudo. E eu acho que não tem a ver, acho que é ao contrário, é juntar isso tudo, porque é uma força muito poderosa. Para a gente, praticamente todo mundo conseguiu assistir ao DVD no Youtube e as vendas estão indo super bem. Então, acabamos derrubando, sem querer, por terra esse conceito de que se está na Internet as pessoas não compram, acho que isso não tem nada a ver.

SITE: Como foi gravar o single “The Kill” com 30 Seconds To Mars? Você pretende fazer outras parcerias na música?
PITTY: Foi bem bacana na época! Eu não encontrei os caras, eles mandaram a música, porque eles estavam na gringa, não estavam aqui, e daí eles pediram para eu gravar e traduzir as estrofes para o português, o que foi uma tarefa bem difícil, porque o significado sempre dá uma modificada, mas enfim, eu mandei para lá e eles adoraram o resultado e lançaram como single aqui. Foi bem bacana!
Eu pretendo fazer outras parcerias sim! Claro! Muitas! Eu só não sei dizer quais agora.

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SITE: Nos shows, os arranjos seguem uma linha diferente ou permanecem iguais aos do CD?
PITTY: Nunca é igual! Na verdade a essência da música está sempre ali, mas ao vivo o nome já fala, é uma coisa viva, é um organismo vivo e, portanto ele acaba sendo influenciado e modificado pelo seu dia, pelo seu estado de espírito no dia, pelo clima, pelas pessoas que estão ali, pelo fato de você estar mais cansado ou mais disposto, tudo isso influencia. E eu acho bacana que tenham essas pequenas particularidades de diferença entre o show ao vivo e o CD. Eu acho legal quando não é tão asséptico, se não bastaria fazer um playback e justamente a coisa do ao vivo é que cada vez é diferente, por isso é interessante.

Fonte: Rádio Mix FM

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